Por que ir às ruas no dia 29 de maio?

Neste sábado, 29 de maio, um protesto nacional está sendo organizado contra o governo genocida, responsável pela morte de milhares de pessoas na pandemia, além de adoecimento físico e mental de tantas outras, desemprego, empobrecimento, etc.

Apesar dos riscos de aglomerações neste momento, vamos enumerar as razões pelas quais acreditamos ser necessário comparecer aos atos:

Porque o Brasil é mais um país no qual a proliferação do vírus só cresceu da forma que cresceu por causa das ações e das omissões do despresidente e demais membres do governo;

Porque a classe trabalhadora brasileira não teve garantido o direito à saúde, à possibilidade de prevenção e ao isolamento com garantia de comida na mesa, o que deveria ter ocorrido por meio de políticas públicas;

Porque vivemos em um país onde aquele que deveria ser a maior liderança nacional no enfrentamento à pandemia se posiciona contra a ciência, emite declarações que banalizam a doença, faz pronunciamentos contra a vacinação, promove aglomerações e nem sequer usa máscara!

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Veganismo: nem de esquerda, nem de direita?

Os usos dos termos veganismo, direita e esquerda têm sido feitos muitas vezes de forma confusa, errônea, precipitada ou mal-intencionada. Pudera, são todos centrais no cenário político tão dramático no qual nos encontramos. Porém, é possível discernir com segurança alguns aspectos básicos de cada um desses conceitos, a fim de entender melhor como o veganismo pode ser caracterizado politicamente de forma consequente com seus princípios éticos.

Bem, primeiramente vamos definir o que é fundamental para a caracterização de um posicionamento à esquerda, partindo da premissa de que se propõe aqui um debate que se dirija à raiz dos problemas ligados às desigualdades em termos de raça, classe, gênero e espécie.

Poderíamos elencar assim os seguintes pontos como defendidos no sentido proposto: igualdade radical e soberania popular (tecnológica, alimentar, geopolítica e assim por diante). Por outro lado, normalmente a direita defende uma concepção de igualdade formal e não defende a soberania popular, mas uma vertente ou outra da liberdade individual com base na competição (estamos falando aqui de direita moderada ou centro-direita e não da extrema direita).

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