
Anualmente, bilhões de animais são mortos e têm suas partes destrinchadas e comercializadas para que seres humanos possam consumi-las. Vítimas de uma indústria que propaga a ideologia especista, esses seres vivos são enxergados como apenas mais uma mercadoria à disposição da nossa espécie.
Frente a esse problema e a muitos outros que poderiam ser listados, como desmatamento de florestas, poluição das águas, volume estrondoso de lixo gerado anualmente, até parece lógica a inferência de que há algo errado na humanidade.
As pessoas que se indignam com esses infortúnios deixam de se enxergar como uma parte da sociedade e assumem uma posição de isolamento, de “eu contra o mundo”. Esse desencantamento pode provocar um desgosto generalizado à espécie humana.
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Essa corrente, cujo início pode remeter ao século XVII, se define como uma linha filosófico-jurídica voltada à defesa da diminuição do sofrimento dos animais não-humanos, assim como eliminação da dor física e das formas de confinamento e trato. Em teoria não se opõe ao abolicionismo, mas afirma que suas medidas são necessárias enquanto a abolição não se mostra possível.
Uma dessas ideologias é o carnismo. Cunhado pela psicológica Melanie Joy no livro “Por que amamos cachorros, comemos porcos e vestimos vacas”, o termo é definido como o conjunto de crenças invisíveis que condiciona os indivíduos a comerem certos tipos de carne de animais. O discurso ao redor desse consumo é bastante intenso e apelativo, geralmente vindo de grandes instituições com poder hegemônico e capital, como o agronegócio e seus oligopólios alimentícios, que lucram com a venda dos corpos desses animais.