O que é Especismo?

O mundo discute cada vez mais as chamadas pautas antiopressão. São elas o feminismo, o antirracismo, a anti-LGBTfobia e por aí se segue. Ainda que todas essas pautas estejam conectas e sejam fundamentais para o surgimento de uma sociedade verdadeiramente livre, uma delas só começou a ganhar destaque no final do século XX e merece ser mais trabalhada: o antiespecismo.

Especismo

Mas, o que é o especismo? É um termo que foi cunhado em 1970 pelo filósofo Richard D. Ryder para denunciar as atrocidades cometidas pelo ser humano contra os animais. Atualmente, a palavra possui diversas definições, como “o ponto de vista de que uma espécie, no caso a humana, tem todo o direito de explorar e matar as demais espécies por considerá-las inferiores.”, ou “o ato de atribuir a animais sencientes diferentes valores e direitos baseados na sua espécie”. De qualquer forma, todas essas explicações atingem o mesmo ponto: a justificativa da exploração animal.

Quando uma pessoa come carne, ela está sendo especista. Quando um teste é realizado em animais, a empresa que o financiou está sendo especista. Quando alguém compra um animal doméstico porque “achou fofinho”, esse alguém está sendo especista. Assim como a loja que vendeu o animal. Resumidamente, sempre que um ser humano procura dar alguma “utilidade” a algum animal não-humano, o especismo está presente.

O antiespecismo é, então, a maneira questionar todo sistema especista que nos rodeia, entendendo que não existem justificativas racionais para tais atos de opressão. E não basta questionar, é preciso lutar também. Por isso a importância de pesquisar, de alinhar as crenças com as práticas, de se engajar em coletivos e movimentos que busquem um planeta melhor para todas as espécies.

A luta antiespecista está apenas começando.