Toda forma de dominação, opressão e exploração tem as suas raizes em um imaginário construído socialmente a partir da cultura em que estamos inseridos. Geralmente, essas discriminações são ainda praticadas devido a nossa constante dissociação no alinhamento do que realmente acreditamos com as nossas ações cotidianas.
Uma dessas ideologias é o carnismo. Cunhado pela psicológica Melanie Joy no livro “Por que amamos cachorros, comemos porcos e vestimos vacas”, o termo é definido como o conjunto de crenças invisíveis que condiciona os indivíduos a comerem certos tipos de carne de animais. O discurso ao redor desse consumo é bastante intenso e apelativo, geralmente vindo de grandes instituições com poder hegemônico e capital, como o agronegócio e seus oligopólios alimentícios, que lucram com a venda dos corpos desses animais.