LGBTfobia e Especismo: A urgência de novas noções de masculinidade

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Existem algumas implicações de comportamento que a lógica especista impõe às relações humanas. Um dos principais meios pelos quais essa opressão se manifesta na sociedade é através da construção de uma masculinidade hegemônica que oprime identidades de gênero e sexualidades desviantes da norma.⁣

Uma das principais atribuições ao que é ser um homem na nossa sociedade patriarcal é o consumo de carne animal, junto da heterossexualidade e cisgeneridade compulsórias. Há também uma relação do veganismo e do consumo de vegetais em geral com feminilidade ou com o atrelamento à figura da mulher. Isso, por sua vez, simbolizando fraqueza pela indústria alimentícia que imbui a ideia da carne ser o produto mais nutritivo e proteico, assim fortalecendo o agronegócio.⁣

O especismo, então, se alimenta da ligação entre a destituição da masculinidade de homens não heterossexuais (esses por já serem vistos como menos homens) e dos que se recusam a consumir animais pelo mero posicionamento individual, pois ambos supostamente renunciam a essa masculinidade dominante.⁣

Dessa forma, o relacionamento e a união entre indivíduos do mesmo sexo afrontam o status quo, impondo uma nova configuração de relações e papeis de sexualidade e gênero, que não bebem da fonte de demais opressões já existentes.⁣

Como visto, há uma nítida ligação entre opressões de gênero, sexualidade e espécie, uma sendo um pilar para a outra. Portanto, compreender a totalidade que o capitalismo impõe às interações humanas é fundamental para a construção e normalização de outras formas de relações. Assim, tendo a efetiva superação de todas as opressões. Nós, como MOVA, nos opomos a qualquer tipo de opressão e vislumbramos uma sociedade isenta de qualquer uma.⁣